Hiperdontia: causas e tratamentos

Normalmente um ser humano adulto possui até 32 dentes na boca, enquanto uma criança possui até 20 dentes. Em alguns casos, pode acontecer de nascerem dentes a mais, sendo esse surgimento chamado de hiperdontia.

 

Essa formação extra de dentes pode ser caracterizada de duas formas: dentes supranumerários ou dentes suplementares, no primeiro caso existe o aspecto anatômico anormal, e no segundo caso, a forma anatômica dos dentes não é alterada.

 

É comum que nasçam apenas um ou dois dentes extras nessa condição, sendo extremamente raro situações onde nasça um número maior.

 

Ainda assim, o surgimento de um dente extra já consegue causar desconforto no paciente, indo além da estética e influenciando até mesmo na saúde bucal e desenvolvimento de complicações na arcada dentária.

 

Essa condição não tem uma causa propriamente definida, podendo ser resultado de alterações genéticas, passadas de pais para filhos.

 

A hiperdontia, mesmo sendo uma condição atípica, pode surgir principalmente na infância, na fase de desenvolvimento dos primeiros dentes, e também na transição entre os dentes de leite e os permanentes, podendo ser recomendado o uso de aparelho de dente transparente para correção nesse caso, conte com a odonto estética.

 

Também pode afetar mais pacientes que já sofrem de outras condições como a Displasia Cleidocraniana (DCC), que causa alterações de desenvolvimento nas clavículas, afetando vários ossos do corpo, inclusive dos dentes; e síndrome de Gardner (SG), por exemplo, que está associada a tumores, osteomas e alterações dentárias.

 

A situação também é comum em crianças que nascem com lábio leporino, condição onde existe um tipo de abertura no lábio e também no céu da boca; e fenda palatina, onde surge uma espécie de fissura muito parecida com a do lábio leporino, mas que pode se estender até o nariz.

 

E, segundo um artigo feito pela revista European Journal of Dentistry em 2015, a reincidência da hiperdontia é maior em homens do que em mulheres. 

 

Essas condições citadas, diferente da hiperdontia, são raras, e quando afetam a arcada dentária podem ter cirurgia de dente incluso no tratamento recomendado pelo profissional da odontologia

Consequências e riscos da hiperdontia

 

A primeira consequência apontada no surgimento da hiperdontia é o desconforto estético, influenciando muito na autoestima e confiança do paciente, que, surpreendido por um dente extra, normalmente recorre a buscas imediatas de tratamentos para correção, como a colocação de lente dental, que é procurada frequentemente.

 

Fora as questões estéticas, o número eminente de dentes pode causar:

 

  • Dores e desconfortos;
  • Distúrbios de fala;
  • Complicações na anatomia da arcada dentária;
  • Aumentar o risco de cistos e outras condições;
  • Facilitar o desenvolvimento de bactérias;
  • Apinhamento dentário, também chamado de dentes encavalados.

 

Todas essas são consequências que, se surgirem no paciente, precisam ser avaliadas por um dentista, que recomendará o tratamento necessário dependendo do caso e gravidade, podendo ser indicado um tratamento de canal no dente, indicado para correções na parte interna dos dentes.

Opções de tratamento e cuidados

 

Antes de indicar um tratamento, o dentista irá avaliar o excesso dos dentes e checar se eles estão causando alterações na anatomia natural da boca.

 

Caso estejam, pode ser preciso fazer a retirada dos dentes extras através de uma cirurgia – procedimento simples e sem muitas complicações – no consultório, principalmente se fizerem parte dos dentes permanentes.

 

Nos casos comuns, onde não há ameaça de complicações na arcada dentária, o tratamento recomendados para a hiperdontia é o uso de aparelhos ortodônticos (atualmente existem opções transparentes ou de porcelana, que ajudam na adaptação estética e são mais discretas, podendo ser fixos ou móveis) para correção dos dentes que se sobrepuseram.

 

Também é possível que em situações de hiperdontia em crianças, o dente extra não provoque nenhuma complicação, e nesse caso, a recomendação é deixá-lo cair naturalmente, sem a necessidade de intervenções.

 

Em todo caso, clínicas que trabalham com implante odontológico e outros tipos de tratamento contam com especialistas à disposição para averiguar o cenário e recomendar o melhor tipo de tratamento.

 

Caso o paciente note o surgimento de um dente extra, é importante que ele recorra a um consultório o quanto antes, antes da situação poder se agravar, e mesmo sem essa condição, é essencial manter visitas recorrentes ao dentista, fazer os exames regulares e cuidar da saúde bucal diariamente através da escovação, limpeza e uso do fio dental.

 

Conteúdo originalmente desenvolvido pela equipe do blog Qualivida Online, site no qual é possível encontrar diversas informações e conteúdos sobre os cuidados com a saúde física e mental.